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Baterias para energia solar ficam até 25% mais baratas no Brasil e tendência é de queda, aponta Solfácil

Baterias para energia solar ficam até 25% mais baratas no Brasil e tendência é de queda, aponta Solfácil

Redução no preço do lítio, aumento da escala produtiva e mudanças na regulamentação impulsionam a expansão do mercado de armazenamento de energia no país

O mercado de armazenamento de energia no Brasil vive um momento de forte transformação. As baterias usadas em sistemas de energia solar ficaram significativamente mais acessíveis no último ano, com queda de até 25% nos preços, segundo levantamento da Solfácil, maior ecossistema de soluções solares da América Latina.

A análise da empresa mostra que, entre maio de 2024 e maio de 2025, as baterias monofásicas, voltadas para residências, ficaram 25% mais baratas, enquanto as trifásicas, mais utilizadas em comércios e indústrias, registraram redução de 20% no mesmo período.

Causas da queda: lítio mais barato e escala produtiva

De acordo com Jaison Reis, diretor de Produtos de Distribuição da Solfácil, a queda expressiva tem dois grandes vetores:

  • Redução no preço do lítio, principal matéria-prima das baterias;
  • Ganho de escala na produção, impulsionado pelo aumento da demanda tanto no Brasil quanto globalmente.

“A tendência é que os preços sigam em queda. Só no primeiro semestre de 2025, já observamos uma redução de cerca de 18% em relação aos valores praticados no início do ano”, destaca Reis.

O movimento não é isolado do mercado brasileiro. Globalmente, os preços do lítio vêm recuando desde o segundo semestre de 2023, após um período de forte valorização. Esse cenário reflete uma combinação de expansão da capacidade de mineração, estabilização da demanda e maior eficiência nas cadeias produtivas.

Nova realidade para o mercado brasileiro

Com os custos mais baixos, o armazenamento de energia deixa de ser uma solução restrita a nichos específicos e começa a se popularizar em projetos residenciais, comerciais e industriais.

Regiões que sofrem com instabilidade no fornecimento de energia, como áreas rurais e cidades com redes mais frágeis, tendem a liderar a adoção. Além disso, setores que demandam energia ininterrupta, como hospitais, data centers, telecomunicações e refrigeração, também estão acelerando investimentos em sistemas de armazenamento.

Regulação incentiva baterias

Outro fator que estimula o crescimento do mercado é a recente mudança na regulamentação da geração distribuída (GD). As novas regras, que incluem restrições na compensação dos créditos de energia e processos de homologação mais complexos junto às concessionárias, estão levando muitos consumidores a buscar mais autonomia energética.

Nessa equação, as baterias se tornam uma alternativa atrativa para:

  • Armazenar excedentes de energia gerados durante o dia;
  • Reduzir a dependência da rede elétrica;
  • Garantir segurança energética em momentos de falha da concessionária.

Perspectivas para o mercado de armazenamento no Brasil

A Solfácil projeta um cenário de expansão constante. O amadurecimento do mercado se reflete tanto na evolução das tecnologias, que se tornam mais eficientes e duráveis, quanto na percepção de valor dos consumidores, que passam a enxergar as baterias não como custo, mas como investimento em segurança, economia e sustentabilidade.

“O mercado está amadurecendo, tanto em tecnologia quanto na percepção de valor. Com preços mais acessíveis, o armazenamento de energia deve deixar de ser um nicho e passar a integrar cada vez mais projetos solares no país”, reforça Jaison Reis.

A empresa também prepara o lançamento de novos produtos voltados para residências, comércios e pequenas indústrias, mirando exatamente esse público que busca maior independência energética.

O papel das baterias na transição energética

As baterias são um componente cada vez mais relevante na descarbonização da matriz elétrica. Ao permitir que os consumidores armazenem energia solar gerada durante o dia para usar à noite ou em momentos de instabilidade, elas contribuem diretamente para a redução do uso de fontes fósseis e para o fortalecimento da resiliência energética.

Além disso, à medida que o Brasil avança na eletrificação da economia, com mais veículos elétricos, eletromobilidade e indústrias limpas, o papel do armazenamento se torna estratégico para garantir equilíbrio, segurança e eficiência no sistema.

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