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Moody’s revisa perspectiva da nota de crédito global da Petrobras para estável

Moody’s revisa perspectiva da nota de crédito global da Petrobras para estável

Decisão acompanha alteração da perspectiva do rating soberano do Brasil; empresa mantém solidez financeira e operacional

A agência internacional de classificação de risco Moody’s Investors Service anunciou a revisão da perspectiva da nota de crédito global da Petrobras, alterando-a de positiva para estável. A decisão ocorre em decorrência da mudança na perspectiva do rating soberano do Brasil, promovida pela mesma agência no último dia 30 de maio de 2025.

Apesar da alteração, a nota de crédito da Petrobras foi mantida em “Ba1”, o que, segundo a Moody’s, reflete as sólidas métricas de crédito da companhia e seu consistente histórico de melhoria operacional e financeira nos últimos anos.

A revisão para uma perspectiva estável indica que, para a agência de risco, não há, no momento, elementos suficientes para uma elevação ou rebaixamento da nota no curto prazo, mas reconhece que a estatal brasileira mantém fundamentos financeiros robustos e uma trajetória positiva de gestão.

Relação com o rating soberano

Conforme destacado pela Moody’s, a alteração na perspectiva da Petrobras está diretamente atrelada à revisão da perspectiva do rating soberano do Brasil. No final de maio, a agência também alterou a perspectiva do país de positiva para estável, refletindo as avaliações sobre o ambiente macroeconômico, fiscal e político brasileiro.

Esse vínculo ocorre porque as estatais brasileiras, especialmente aquelas de importância sistêmica, como a Petrobras, possuem forte correlação com o risco soberano. Assim, mesmo com indicadores financeiros sólidos, as notas de crédito dessas empresas costumam ser impactadas por mudanças na percepção de risco do país de origem.

Indicadores sólidos sustentam rating

A manutenção do rating “Ba1” evidencia a confiança da Moody’s na solidez financeira da Petrobras. A estatal vem apresentando, nos últimos anos, uma trajetória consistente de redução do endividamento, melhora da estrutura de capital e avanço em projetos de desinvestimento e foco estratégico em áreas de maior rentabilidade, como a exploração e produção de petróleo e gás natural.

Além disso, a companhia manteve elevados níveis de geração de caixa operacional, o que contribui para o fortalecimento de sua posição de liquidez, mesmo diante de um ambiente global de volatilidade nos preços do petróleo e de desafios relacionados à transição energética.

Em comunicado, a Moody’s ressaltou que “as métricas de crédito da Petrobras permanecem robustas e refletem o progresso contínuo da empresa em direção a uma estrutura financeira mais resiliente e sustentável”.

Perspectivas para a estatal

Com a perspectiva estável, o mercado compreende que não há expectativa iminente de mudança na nota de crédito da Petrobras, salvo em caso de alterações significativas no contexto macroeconômico brasileiro ou na gestão financeira da companhia.

A decisão da Moody’s também serve como um termômetro para investidores e analistas do setor de energia, que acompanham de perto a evolução da Petrobras, empresa que ocupa posição estratégica não apenas no Brasil, mas no mercado internacional de óleo e gás.

A estatal brasileira segue desempenhando papel central na segurança energética do país e na execução da política energética nacional, ao mesmo tempo em que busca equilibrar suas metas de rentabilidade com os compromissos ambientais e sociais.

Impactos no mercado

A alteração na perspectiva da nota de crédito não implica, de imediato, mudanças nos custos de captação ou nas operações financeiras da Petrobras, mas é um fator relevante para o planejamento estratégico da companhia e para a percepção de risco por parte de credores, parceiros e investidores.

Especialistas destacam que a manutenção da nota “Ba1”, apesar da alteração da perspectiva, evidencia o reconhecimento do mercado sobre o avanço da Petrobras em práticas de governança, eficiência operacional e responsabilidade fiscal.

No contexto atual, a companhia permanece atenta aos movimentos do mercado global de energia, às políticas de transição energética e às diretrizes do governo federal, enquanto trabalha para manter sua posição como uma das maiores produtoras de petróleo do mundo.

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