Aquisição de portfólio de 200 MWp reforça expansão da empresa em energia renovável e impulsiona democratização do acesso à energia limpa na Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará
O setor elétrico brasileiro testemunha mais um movimento expressivo de expansão da geração distribuída (GD), com o anúncio do investimento de R$ 750 milhões pela Thopen, plataforma especializada no mercado livre de energia, na aquisição de um portfólio composto por 52 usinas solares fotovoltaicas localizadas no Nordeste. Com essa operação estratégica, a companhia adiciona 200 MWp à sua capacidade instalada, suficientes para atender o consumo médio de energia elétrica de mais de 64 mil estabelecimentos comerciais na região.
O investimento, considerado o maior já realizado pela Thopen até o momento, reforça a aposta da empresa na descentralização da geração e na oferta de soluções sustentáveis e economicamente vantajosas para pequenos, médios e grandes negócios. A aquisição abrange ativos desenvolvidos pela Vip Air, atual parceira estratégica da companhia, e está alinhada ao plano da Thopen de ampliar o acesso a fontes renováveis sem exigir investimentos em infraestrutura por parte dos consumidores.
Democratização do acesso e economia aos consumidores
De acordo com Gustavo Ribeiro, CEO da Thopen e da Pontal Energy — empresas do mesmo grupo —, a operação marca um avanço significativo na trajetória da companhia rumo à democratização do acesso à energia renovável no Brasil. “Estamos consolidando nossa presença na geração distribuída com um portfólio robusto, capaz de gerar valor aos acionistas e, principalmente, oferecer redução de custos aos nossos clientes. Esse modelo permite economia de pelo menos 10% nas contas de luz, sem necessidade de instalação de sistemas próprios”, destaca.
A estratégia mira, sobretudo, setores como farmácias, academias, padarias, supermercados e concessionárias, que podem aderir à energia limpa com economia e previsibilidade, sem os tradicionais entraves relacionados a investimentos iniciais ou à complexidade técnica da implantação de sistemas solares próprios.
Expansão contínua e novas aquisições fortalecem presença nacional
Além do expressivo investimento no Nordeste, a Thopen mantém seu foco na expansão por meio de aquisições de ativos já operacionais. Recentemente, a empresa incorporou duas novas usinas de geração distribuída, com um investimento total de R$ 22 milhões.
Em São Paulo, a aquisição da Gaswatt Energia adicionou 5 MW ao portfólio da Thopen. A planta é especializada na conversão de resíduos orgânicos em energia limpa, consolidando a atuação da empresa também no segmento de biogás, que hoje já representa 37,5 MW de sua capacidade instalada nesta fonte.
No Tocantins, a entrada em operação da usina Lyon, com 6 MWp de potência, marca a estreia da Thopen no estado. A planta amplia a presença da companhia no Centro-Oeste, atendendo especialmente clientes dos setores de telecomunicações e saneamento.
“O dinamismo do mercado de energia exige processos ágeis e uma estrutura robusta para integrar novos ativos com eficiência. A padronização dos nossos procedimentos e a expertise das nossas equipes são diferenciais que garantem celeridade e segurança nas operações”, afirma Ribeiro.
Projeção de 800 MWp em geração distribuída até 2026
Com a recente aquisição, a Thopen e a Pontal Energy atingem uma capacidade total instalada de 608 MW, distribuída entre fontes solar e eólica. O portfólio de projetos greenfield já ultrapassa 1 GW, evidenciando o potencial de crescimento da companhia nos próximos anos.
Atualmente, a Thopen gerencia cerca de 250 mil unidades consumidoras (UCs), com 240 MWp de capacidade operacional em geração distribuída. A empresa está em pleno processo de construção de novas usinas que, até o final de 2025, devem elevar essa capacidade para 500 MWp. A meta é chegar a 800 MWp em GD até o encerramento de 2026, além de mais de 1 milhão de unidades consumidoras sob gestão.
Crescimento da GD e desafios regulatórios
O avanço da Thopen ocorre em um contexto de intensificação da geração distribuída no Brasil, impulsionada pela combinação de fatores como redução de custos da tecnologia fotovoltaica, maior conscientização ambiental e políticas públicas de incentivo.
Entretanto, o setor enfrenta desafios regulatórios que podem impactar a velocidade da expansão. A definição de marcos infralegais claros para a geração distribuída, especialmente em relação à compensação de créditos de energia e ao uso das redes de distribuição, será determinante para a manutenção do ritmo de crescimento do segmento.
A Thopen aposta na profissionalização da gestão, no acesso a capital e na inovação como vetores para se manter competitiva nesse ambiente em transformação. “Nosso compromisso é seguir investindo em ativos renováveis, ampliando a oferta de energia limpa, com qualidade, segurança e preço justo para os nossos clientes”, conclui Gustavo Ribeiro.
Perspectivas: descentralização e sustentabilidade como eixos estratégicos
O investimento realizado pela Thopen confirma a tendência de descentralização da matriz elétrica brasileira, com a geração distribuída se consolidando como um dos pilares da transição energética. O modelo permite maior resiliência do sistema, redução de perdas e participação ativa dos consumidores na produção de energia.
Além disso, a expansão da GD contribui para o desenvolvimento econômico local, ao estimular a geração de empregos e a arrecadação nos municípios onde as usinas são implantadas.
Diante desse cenário, especialistas destacam que o fortalecimento de empresas como a Thopen, com capacidade de investimento e atuação nacional, é fundamental para acelerar a transição para uma matriz energética mais limpa, diversificada e acessível no Brasil.