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Bandeira tarifária de junho sobe para vermelha patamar 1 e encarece contas de luz em todo o país

Bandeira tarifária de junho sobe para vermelha patamar 1 e encarece contas de luz em todo o país

Com acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, o custo da energia reflete a redução na geração hidrelétrica e o maior uso de termelétricas no Brasil

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou nesta sexta-feira (30) que a bandeira tarifária para o mês de junho será vermelha patamar 1, o que indica aumento no custo da energia para consumidores residenciais e empresariais. A partir deste mês, será aplicado um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos, diretamente refletido nas contas de luz.

A decisão é resultado de um cenário de redução das afluências (volume de chuvas) abaixo da média histórica em todas as regiões do país, conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Essa condição impõe uma menor disponibilidade dos recursos hidrelétricos, forçando o acionamento de usinas termelétricas, que têm custos de operação mais elevados.

Segundo a ANEEL, essa sinalização tarifária tem o objetivo de alertar a sociedade sobre o aumento dos custos de geração e incentivar o uso consciente da energia, especialmente em momentos de restrição hídrica e maior dependência de fontes de geração mais caras.

Por que a bandeira ficou vermelha?

De acordo com o ONS, os principais reservatórios do país enfrentam redução dos níveis de armazenamento, principalmente nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, responsáveis por cerca de 70% da capacidade de armazenamento de água do país. Com menor geração hidrelétrica disponível, há necessidade de acionamento das fontes térmicas, que utilizam combustíveis fósseis como gás natural, óleo combustível ou carvão — insumos mais caros e com maior impacto ambiental.

Além disso, o comportamento do consumo se mantém elevado em diversas regiões, mesmo diante dos sinais econômicos e climáticos, pressionando ainda mais a necessidade de geração complementar.

Impacto nas famílias e no setor produtivo

O acionamento da bandeira vermelha deve impactar especialmente as famílias de baixa e média renda, assim como os setores do comércio e da indústria, que sentem diretamente a pressão sobre os custos operacionais.

O setor produtivo, já atento aos desafios da competitividade, tem adotado cada vez mais medidas para reduzir a dependência da energia do mercado cativo, migrando para o mercado livre de energia, onde é possível negociar contratos com preços mais vantajosos e mais previsibilidade.

Sustentabilidade e eficiência como resposta

Diante desse cenário, a ANEEL reforça a importância de práticas de eficiência energética. Reduzir o desperdício, investir em equipamentos mais eficientes e adotar fontes alternativas, como energia solar, são caminhos cada vez mais viáveis para consumidores residenciais e empresas.

A adoção dessas soluções não apenas reduz custos, mas também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico, alinhando-se às metas de descarbonização e segurança energética do país.

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