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Demanda Global por Eletricidade Crescerá 4% até 2027, Impulsionada por Economias Emergentes

Demanda Global por Eletricidade Crescerá 4% até 2027, Impulsionada por Economias Emergentes

China e Índia lideram o aumento, enquanto energias renováveis assumem papel central na transição energética

A demanda global por eletricidade deve crescer 4% ao ano até 2027, superando o consumo total do Japão a cada ano, segundo um novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA). Economias emergentes e em desenvolvimento serão as grandes responsáveis por esse crescimento, representando 85% do aumento total.

China e Índia estão no centro dessa expansão, com a China respondendo por mais da metade do crescimento projetado, e a Índia contribuindo com 10%. Paralelamente, fontes de energia de baixa emissão, como solar e nuclear, devem reduzir ainda mais a participação do carvão na matriz elétrica global.

China e Índia lideram crescimento da demanda

Desde 2020, o consumo de energia na China tem superado o crescimento econômico do país. A rápida expansão da indústria, impulsionada pela produção de painéis solares, baterias, veículos elétricos e materiais associados, foi um dos principais motores desse aumento.

A China também enfrenta aumento significativo no consumo de eletricidade devido ao uso crescente de ar-condicionado, data centers e redes 5G, setores que demandam alta intensidade energética. Estima-se que o crescimento da demanda elétrica chinesa atinja uma média de 6% ao ano até 2027.

A Índia, por sua vez, deve ser responsável por 10% da expansão da demanda global de eletricidade no mesmo período. O crescimento econômico robusto e o aumento do uso de ar-condicionado impulsionam esse aumento, que deve transformar ainda mais o mercado energético local.

Eletrificação em economias avançadas

Nos Estados Unidos e em outras economias desenvolvidas, a eletrificação rápida em setores como transporte, aquecimento e data centers promete reverter a estagnação da demanda observada nos últimos anos. A transição energética em países desenvolvidos também está sendo impulsionada por políticas públicas que incentivam o abandono de combustíveis fósseis e promovem fontes renováveis e veículos elétricos.

Transição energética: renováveis em destaque

A energia de fontes renováveis e nuclear deve acompanhar o crescimento da demanda global, reduzindo ainda mais a dependência de combustíveis fósseis. A energia solar, em particular, será um dos grandes destaques nos próximos anos.

O relatório da IEA projeta que, até 2027, a energia solar se tornará a segunda maior fonte de energia de baixa emissão, atrás apenas da hidrelétrica. Além disso, todas as fontes de energia renovável combinadas devem ultrapassar a geração de carvão até 2025. Pela primeira vez em 100 anos, a participação do carvão na matriz elétrica global cairá abaixo de 33%, marcando um importante marco para a transição energética global.

Essa transformação será essencial para os esforços de descarbonização, especialmente em regiões que ainda dependem fortemente de carvão e outros combustíveis fósseis.

Desafios e oportunidades

Apesar do avanço das fontes renováveis, a infraestrutura de transmissão e distribuição continua sendo um desafio para muitos países. O aumento da eletrificação exigirá investimentos significativos para modernizar redes elétricas e expandir a infraestrutura de armazenamento de energia.

Outro ponto crítico será a necessidade de políticas públicas que incentivem a expansão das energias limpas e o uso eficiente da eletricidade. Com o avanço das tecnologias e a cooperação global, a expectativa é que a transição energética acelere ainda mais nos próximos anos.

Perspectivas para o futuro energético global

O crescimento da demanda global por eletricidade até 2027 é um reflexo das mudanças estruturais nas economias globais e do avanço da eletrificação em diversos setores. Ao mesmo tempo, a expansão das fontes de energia de baixa emissão sinaliza um futuro mais sustentável e menos dependente de combustíveis fósseis.

Se o ritmo de transição energética se mantiver, os próximos anos serão cruciais para definir o papel das energias renováveis no cenário global e consolidar uma matriz elétrica mais limpa e eficiente.

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