Chamada Pública pretende levar o Corredor Elétrico Catarinense a 100 pontos de recarga até o fim do ano
A Celesc lançou uma Chamada Pública para selecionar parceiros interessados em disponibilizar espaços para a instalação de novas estações de recarga para veículos elétricos e híbridos. Com um investimento superior a R$ 5 milhões, o projeto visa expandir a infraestrutura do Corredor Elétrico Catarinense, ampliando a rede para 100 eletropostos em todo o estado até o final de 2025.
A iniciativa reforça o compromisso da Celesc com a mobilidade sustentável e consolida Santa Catarina como referência nacional no setor. Atualmente, a rede já conta com 35 eletropostos ativos, distribuídos estrategicamente para cobrir cerca de 1.500 km de rodovias, permitindo que motoristas cruzem o estado de Norte a Sul e de Leste a Oeste com no máximo 50 km de distância entre cada estação de recarga.
Segundo Tarcísio Rosa, presidente da Celesc, o estado tem se consolidado como um dos maiores incentivadores da eletrificação veicular no Brasil. “Nos últimos dois anos, focamos na instalação de novas unidades e no desenvolvimento de um modelo de negócio sustentável para a manutenção dessa rede. Esse novo passo amplia a cobertura do Corredor Elétrico Catarinense e fortalece a infraestrutura para a mobilidade elétrica no país”, destacou.
Parceria sem custo de implantação para os interessados
A Celesc está priorizando locais de grande circulação, com fácil acesso e infraestrutura de apoio aos motoristas, como shoppings, supermercados, lojas de conveniência, postos de combustíveis e centros comerciais. A ideia é proporcionar mais segurança e comodidade aos usuários, além de facilitar a adoção dos veículos elétricos no estado.
De acordo com Elói Hoffelder, diretor de Geração, Transmissão e Novos Negócios da Celesc, a expansão da rede depende da adesão de parceiros estratégicos. “Estamos buscando espaços próximos às principais rodovias, como a BR-101, BR-282, BR-116 e BR-470, garantindo que os motoristas tenham acesso fácil à recarga no seu trajeto”, explicou.
Os interessados não precisarão investir na instalação dos eletropostos, pois os custos serão totalmente cobertos pela Celesc. O modelo prevê uma tarifa de recarga para cobrir despesas com aquisição de energia, operação, aplicativo de recarga e manutenção.
Os valores atuais são de R$ 2,49/kWh para estações rápidas e R$ 2,19/kWh para estações semirrápidas. As inscrições para a Chamada Pública podem ser realizadas até 14 de março, através desse link.
Vantagens para os estabelecimentos parceiros
Além da isenção nos custos de implantação, os locais que aderirem ao projeto contarão com diversos benefícios. A instalação de eletropostos pode aumentar o fluxo de clientes, atraindo proprietários de veículos elétricos que necessitam recarregar seus carros durante atividades como compras ou serviços. Também oferece um diferencial competitivo, já que a presença de um ponto de recarga pode influenciar na decisão de consumo. Além disso, fortalece a imagem corporativa, associando a marca à inovação e à sustentabilidade.
Para Janine Garcia, gerente da Divisão de Gerenciamento de Parcerias da Celesc, a adesão ao projeto é uma grande oportunidade para os estabelecimentos participantes. “A presença de um eletroposto pode representar um atrativo comercial significativo, além de posicionar a empresa como referência em sustentabilidade e inovação”, destacou.
Projeto pioneiro e impactos positivos para o meio ambiente
O Corredor Elétrico Catarinense teve início em 2015 por meio do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação Celesc/ANEEL, sendo um dos primeiros projetos do gênero no Brasil. Desde então, já foram investidos R$ 14 milhões, permitindo a instalação de 35 eletropostos e a distribuição de 1 milhão de kWh de energia, o que evitou a emissão de 794 toneladas de CO₂ na atmosfera.
O projeto tem um impacto ambiental significativo ao reduzir a dependência de combustíveis fósseis e incentivar a eletrificação do transporte. Com a ampliação para 100 eletropostos, a expectativa é que a emissão de gases poluentes seja reduzida ainda mais, promovendo um modelo de transporte mais limpo e sustentável.