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Copel Conclui Diagnóstico de Fiação nos Postes em 409 Municípios do Paraná

Copel conclui censo inédito de fiação em postes no Paraná

O diagnóstico abrangeu 3,4 milhões de postes e identificou irregularidades em redes de telecomunicações em 409 municípios

A Copel concluiu um levantamento sobre as redes de telefonia e dados instaladas em seus postes. O estudo, denominado “Censo do Compartilhamento”, abrangeu 3,4 milhões de postes em 409 municípios, incluindo áreas de divisa. O objetivo da pesquisa foi avaliar a conformidade das instalações, identificar fios clandestinos e aumentar a segurança para a população.

Iniciado em 2021 e concluído em 2024, o diagnóstico gerou importantes resultados: apenas no último ano, foram emitidas 37,5 mil notificações, o que levou à regularização de 1.340 quilômetros de redes. Além disso, a Copel já retirou 285 toneladas de fiação telefônica irregular, contribuindo para a organização e segurança do ambiente urbano.

Segundo Rafael Buckoski, gerente da Divisão de Inventário e Fiscalização do Compartilhamento de Estruturas da Copel, o censo representa o primeiro passo para um esforço contínuo de monitoramento e regulação das fiações. “Os dados coletados serão utilizados nos próximos anos para organizar melhor o ambiente em que todos transitamos. É um volume enorme de informações que permitirá avanços significativos na gestão e na segurança das estruturas”, destaca.

Foco na regularização e segurança

A legislação brasileira exige que as concessionárias de energia elétrica fiscalizem as instalações de telecomunicações em suas estruturas e notifiquem irregularidades. Quando as empresas responsáveis não cumprem as notificações, o último recurso é o corte das fiações.

Uma parte significativa da fiação retirada foi removida em situações de emergência, devido ao risco que cabos caídos ou muito baixos representam para pedestres e veículos. “A orientação é nunca tocar em um cabo caído e entrar em contato pelo telefone 0800 51 00 116 para relatar o risco”, alerta Buckoski.

Nos casos de cabos soltos ou abaulados que não apresentam risco iminente, as empresas de telecomunicação são notificadas e têm até 48 horas para realizar a regularização. Essas medidas buscam garantir que a população não seja afetada pela falta de internet ou comunicação, ao mesmo tempo em que as operadoras são responsabilizadas pela manutenção adequada de seus ativos.

Regulação e pioneirismo

O compartilhamento de postes entre concessionárias de energia elétrica e empresas de telecomunicações é regulamentado por leis e resoluções federais, como a Lei Geral de Telecomunicações (Lei 9.472/1997), a Resolução Normativa Aneel 1.044/2022 e normativas conjuntas da Aneel e Anatel. No Paraná, a Copel foi uma das primeiras empresas do setor elétrico a criar uma área específica para gerenciar os contratos de compartilhamento e monitorar a instalação de cabos nos postes.

Atualmente, cerca de 900 empresas de telecomunicações possuem contratos de compartilhamento de infraestrutura com a Copel. O censo, além de identificar irregularidades, também é uma ferramenta para promover maior conformidade com a legislação, fortalecendo a relação entre concessionárias e operadoras.

Resultados e impacto para o futuro

Os números levantados pelo censo revelam o impacto do trabalho da Copel no Paraná. A retirada de 285 toneladas de cabos irregulares e a regularização de mais de 1.300 quilômetros de redes demonstram o empenho da companhia em trazer ordem e segurança às vias urbanas.

Além disso, o estudo também gera impacto positivo na economia e na sustentabilidade. A organização das fiações facilita futuras manutenções, reduz o risco de acidentes e evita que postes fiquem sobrecarregados, o que pode resultar em queda de energia ou prejuízos para as operadoras.

Com o avanço do monitoramento e das fiscalizações, a expectativa é de que o censo se torne uma referência para outras concessionárias no Brasil. “Esse trabalho é fundamental para modernizar a gestão das estruturas e promover uma convivência mais harmoniosa entre energia elétrica e telecomunicações”, conclui Buckoski.

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