Participação em painel em Davos reforça potencial do país como destino de investimentos em economia verde e energias renováveis
O Brasil assumiu o protagonismo no debate sobre a transição energética durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, destacando seu papel estratégico na construção de uma economia verde e sustentável. Representando o Ministério de Minas e Energia (MME), Thiago Barral, secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento, apresentou o painel “Powering Green Innovation: Harnessing Brazil’s Potential” nesta quarta-feira (22).
O evento reuniu líderes mundiais e grandes nomes do setor elétrico para discutir inovação, sustentabilidade e o futuro da energia global. A participação brasileira no fórum marcou um momento importante para reforçar os avanços já alcançados, as metas ambiciosas de redução de emissões de carbono e o enorme potencial para atração de investimentos em projetos de energia renovável no país.
Renováveis no centro da estratégia brasileira
Barral destacou que o Brasil está na vanguarda da transição energética, com uma matriz energética que já é uma das mais limpas e diversificadas do mundo. “Em 2024, a participação de fontes renováveis na oferta interna de energia foi marcada pelo aumento expressivo de biomassa, energia eólica e solar. Esses avanços colocam o Brasil como referência global em geração sustentável”, afirmou o secretário.
Ele também ressaltou que a energia hidráulica, tradicionalmente a maior fonte de energia no Brasil, manteve sua contribuição graças ao regime hídrico favorável em 2024. Além disso, destacou que, ao longo das últimas duas décadas, as energias renováveis mantiveram uma participação média de 49,1% na Oferta Interna de Energia (OIE), um patamar incomparável em relação a muitos outros países.
Potencial econômico e social da economia verde
O painel também foi uma oportunidade de destacar como a transição energética no Brasil está atrelada à geração de empregos, à criação de renda e ao desenvolvimento social. Thiago Barral ressaltou que as metas brasileiras para redução de emissões vão além de compromissos climáticos: elas representam uma estratégia para transformar o Brasil em um polo de inovação e investimentos verdes.
“A economia verde não é apenas uma política ambiental. Ela é uma alavanca para gerar oportunidades, empregos de qualidade e melhorar a vida das pessoas. Estamos integrando sustentabilidade com eficiência energética, promovendo um crescimento econômico que respeita o meio ambiente e beneficia a sociedade como um todo”, destacou.
Presença estratégica e parcerias globais
A participação brasileira em Davos também foi fortalecida pela presença de outros importantes representantes do setor elétrico, como Miguel Stilwell Andrade, CEO da EDP Renováveis, e Vittorio Perona, representante da Partner BTG Pactual. O painel promoveu discussões sobre como impulsionar investimentos em energias renováveis e consolidar o Brasil como um dos principais destinos de capital estrangeiro para projetos de transição energética.
Essas parcerias globais são vistas como fundamentais para acelerar a implementação de novas tecnologias e a expansão da infraestrutura necessária para integrar ainda mais fontes renováveis na matriz brasileira.
Brasil no caminho da liderança global em sustentabilidade
O protagonismo do Brasil no Fórum Econômico Mundial reflete um momento de transformação no setor energético nacional. O governo Lula tem priorizado ações concretas que posicionam o país como líder global na transição energética e no combate às mudanças climáticas.
Com políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável, o Brasil avança na inserção de novas fontes de energia limpa, como eólica offshore e hidrogênio verde, ao mesmo tempo em que preserva recursos naturais e busca maior inclusão social.
A mensagem levada a Davos é clara: o Brasil está pronto para liderar o caminho rumo a uma economia verde global, oferecendo não apenas um modelo eficiente de geração de energia limpa, mas também oportunidades únicas para investidores e empresas que buscam atuar em um mercado sustentável e em crescimento acelerado.