Home PDI&Tec Programa NAVE Acelera Inovação no Setor de Petróleo e Gás com Apoio...

Programa NAVE Acelera Inovação no Setor de Petróleo e Gás com Apoio a Startups

Programa NAVE Acelera Inovação no Setor de Petróleo e Gás com Apoio a Startups

Com investimento de R$ 28 milhões e 67 desafios tecnológicos, iniciativa liderada pelo IBP promete acelerar a transição energética no Brasil

O setor de petróleo e gás no Brasil está passando por uma transformação histórica com o lançamento da primeira edição do NAVE, programa de empreendedorismo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Sob a gestão do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e do seu hub de inovação, o iUP, o programa tem como meta acelerar a inovação tecnológica no setor nacional de energia, oferecendo suporte robusto a startups e investindo cerca de R$ 28 milhões até o final desta edição.

Empresas de renome mundial como Petrogal Brasil, TotalEnergies, CNPC, Shell, ExxonMobil, Equinor, Repsol Sinopec e Petrobras estão unidas nessa iniciativa, contribuindo com recursos financeiros e oferecendo expertise técnica. Essa aliança entre grandes players e startups tem o potencial de revolucionar o setor energético, especialmente em um momento de transição global para fontes mais limpas e sustentáveis de energia.

Inovação aberta no centro da estratégia

Os investimentos do NAVE são impulsionados por uma cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) presente nos contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural. Essa cláusula determina que uma porcentagem da receita bruta de campos com alta produção seja destinada a projetos de PD&I, promovendo avanços tecnológicos que tornam o setor mais eficiente e sustentável.

Nesta primeira edição, o programa propôs 67 desafios tecnológicos, que abrangem temas fundamentais para o futuro do setor. Entre eles estão a otimização de custos de produção, aumento da eficiência energética, desenvolvimento de combustíveis low carbon, tecnologias híbridas e soluções para a segurança operacional e proteção ambiental. Há também espaço para tecnologias emergentes, como blockchain, inteligência artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), voltadas para melhorar a eficiência de processos e aumentar a confiabilidade dos sistemas.

A adesão impressionante das startups

O sucesso da iniciativa já é evidente. A fase de seleção de projetos atraiu um total de 331 inscrições, realizadas por 215 empresas de 18 estados brasileiros. Destas, 262 inscrições foram validadas, com 85% dos desafios tecnológicos recebendo propostas de solução. Os destaques vão para os temas “M3 – Tecnologias em transformação digital”, que liderou com 104 inscrições válidas, e “M2 – Tecnologias para segurança energética, armazenamento de energia e fontes alternativas”, com 53 inscrições.

Melissa Fernandez, gerente de tecnologia e inovação do IBP, reforça o potencial transformador do programa: “A inovação aberta é um caminho natural para o setor de petróleo e gás, especialmente em tempos de transição energética. Parcerias com startups têm o potencial de acelerar o desenvolvimento de soluções de baixo carbono e promover trocas de conhecimento essenciais para inovações de curto prazo.”

Desafios tecnológicos como força motriz

A gama de desafios apresentados pelo programa abrange tanto questões tradicionais do setor quanto novas demandas impostas pela transição energética global. Entre os tópicos mais estratégicos estão as tecnologias para segurança energética, o armazenamento de energia, e a adoção de fontes alternativas que possam contribuir para um modelo mais sustentável de produção e consumo de energia.

Além disso, temas ligados à transformação digital ganham destaque, com aplicações de blockchain, inteligência artificial e IoT direcionadas a otimizar processos e aumentar a confiabilidade das operações. A integração de novas tecnologias não apenas reduz custos, mas também aumenta a eficiência e a sustentabilidade do setor.

Mudanças no cronograma devido ao sucesso

Devido à expressiva adesão de empresas, o cronograma inicial do NAVE foi ajustado pela ANP. Publicado originalmente em setembro de 2024, o edital precisou ter os prazos estendidos para que fosse possível avaliar, de maneira criteriosa, todas as inscrições recebidas. A etapa de seleção de projetos, essencial para a escolha das startups vencedoras, agora exige mais tempo, o que reflete a alta qualidade e volume das propostas enviadas.

Com a conclusão das próximas etapas, o NAVE será um marco para o setor de energia brasileiro, contribuindo não apenas para avanços tecnológicos, mas também para a consolidação de uma indústria mais conectada com as demandas ambientais e sociais contemporâneas.

NO COMMENTS

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Exit mobile version