Ministro de Minas e Energia destaca a COP30 no Brasil como oportunidade para alinhar exploração sustentável de minerais críticos às metas de descarbonização
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou a necessidade de uma governança global sobre a exploração de minerais críticos, fundamentais para a transição energética e para o cumprimento das metas de descarbonização. A declaração foi feita nesta quarta-feira (15), durante o Future Minerals Forum, em Riade, na Arábia Saudita. O evento reúne líderes globais da mineração para debater soluções e parcerias no setor.
Silveira destacou a importância da COP 30, que será sediada no Brasil no final deste ano, como um marco para a criação de estratégias que alinhem exploração mineral e sustentabilidade. “Não vamos resolver problemas comuns sem soluções comuns. A transição energética é um fato, a nova economia é uma realidade, mas devemos fazê-la de forma equilibrada, justa e inclusiva”, afirmou.
A Transição Energética e a Governança Global
A transição energética requer um aumento significativo no uso de minerais críticos como lítio, cobalto e níquel, essenciais para tecnologias como baterias de carros elétricos e sistemas de energia renovável. No entanto, o desafio está em garantir que sua exploração seja sustentável e economicamente inclusiva.
“Modelos de exploração mineral precisam promover o desenvolvimento econômico com sustentabilidade e resultados sociais”, disse o ministro. Ele enfatizou que uma governança global pode fortalecer organismos internacionais e ajudar os países a atingir metas como as estabelecidas no Acordo de Paris, voltadas para a descarbonização da economia global.
Brasil: Um Exemplo Global em Sustentabilidade Energética
Alexandre Silveira apontou o Brasil como um exemplo global na integração de sustentabilidade e economia. Segundo ele, o país tem avançado tanto na geração quanto na transmissão de energia, contando com um setor diversificado e sustentável.
“O Brasil faz a sua parte, seja pela pluralidade energética, pelos seus potenciais naturais, ou pelas políticas públicas que temos desenvolvido de forma acelerada. Temos todas as fontes de energia e minerais críticos, mas também a preocupação em garantir que essa cadeia de fornecimento seja segura e eficiente”, explicou.
Silveira ressaltou que a cooperação internacional será essencial para viabilizar uma governança eficiente. Ele destacou as parcerias entre Brasil e Arábia Saudita como exemplo de trocas de experiências bem-sucedidas, indicando que países com interesses comuns na transição energética podem se beneficiar mutuamente ao compartilhar conhecimento e tecnologia.
COP 30: Um Ponto de Virada
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, será um momento decisivo para o Brasil liderar a discussão global sobre a racionalização e sustentabilidade no uso de minerais críticos. Para Silveira, o evento é uma oportunidade de integrar objetivos ambientais com estratégias econômicas.
“É essencial discutirmos modelos de governança que respeitem a soberania dos países e as diversas fontes energéticas, promovendo uma transição energética equilibrada e sustentável”, concluiu o ministro.
O Brasil, com sua vasta riqueza mineral e matriz energética diversificada, surge como um ator central na discussão global. A expectativa é que as conversas na COP 30 reforcem o papel do país como líder na promoção de um modelo energético mais verde, inclusivo e eficiente.
