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Crescimento Sustentado: Norte Lidera Alta na Demanda de Energia no Brasil em Janeiro

Crescimento Sustentado - Norte Lidera Alta na Demanda de Energia no Brasil em Janeiro

Apesar de ritmo moderado, consumo de energia no Sistema Interligado Nacional mantém trajetória de alta, com destaque para a região Norte e projeções otimistas para reservatórios

O setor elétrico brasileiro inicia 2025 com sinais de aquecimento na demanda por energia em todo o país. O boletim mais recente do Programa Mensal de Operação (PMO), divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), indica que o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) segue em alta, ainda que com percentuais de crescimento inferiores aos inicialmente projetados.

Segundo os dados atualizados para a semana operativa de 4 a 10 de janeiro, o SIN deve registrar uma expansão de 3,6% no consumo de carga em janeiro, uma leve redução frente à estimativa anterior de 4,2%. Isso corresponde a um total de 82.493 MW médios, com a região Norte apresentando o maior avanço percentual entre os subsistemas, com impressionantes 10,2% (7.980 MW médios).

Região Norte Assume a Liderança

A região Norte do país, impulsionada por atividades econômicas como mineração e indústrias de base, continua como a líder de crescimento no consumo de energia, marcando uma diferença expressiva em relação às demais regiões.

Na sequência, o Sul aparece com um avanço de 3,9% (14.383 MW médios), enquanto o Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste registram incrementos de 3,1% (13.695 MW médios) e 2,6% (46.435 MW médios), respectivamente. Esses números indicam não apenas a recuperação da atividade econômica nacional, mas também mudanças no perfil de consumo em diferentes setores, incluindo o industrial, residencial e comercial.

Projeções Hidrológicas: Otimismo no Norte e Nordeste

Além da demanda de carga, as projeções hidrológicas para janeiro de 2025 também trazem boas notícias para o setor elétrico. A Energia Natural Afluente (ENA), que reflete a quantidade de água disponível para geração hidrelétrica, deve ficar acima da Média de Longo Termo (MLT) nas regiões Norte e Nordeste, com 121% e 109%, respectivamente.

No entanto, no Sudeste/Centro-Oeste, que concentra 70% dos principais reservatórios do país, a ENA deve atingir 92% da MLT, enquanto no Sul o índice é mais tímido, ficando em 67%.

Reservatórios: Níveis Acima de 60% em Todo o País

Outro indicador animador refere-se aos níveis de Energia Armazenada (EAR), que mede a quantidade de água efetivamente armazenada nos reservatórios. Até o final de janeiro, todos os subsistemas devem registrar níveis superiores a 60%, com destaque novamente para a região Norte, onde a EAR deve atingir 82,5%.

O Nordeste aparece logo atrás, com 70%, seguido pelo Sul (64,3%) e pelo Sudeste/Centro-Oeste (63,4%). Esses números refletem uma gestão eficiente dos recursos hídricos, especialmente em um período crítico como o início do ano, que pode ser marcado por alta demanda energética.

Estabilidade no Custo Marginal de Operação

O Custo Marginal de Operação (CMO), que serve como referência para o preço da energia no curto prazo, está uniformizado em todas as regiões no valor de R$ 40,52. Esse dado reforça a estabilidade no planejamento e operação do sistema, trazendo previsibilidade para o setor e para os consumidores.

Desafios e Oportunidades para o Setor

Embora o crescimento da demanda seja uma boa notícia, especialistas destacam que ele também impõe desafios. A expansão do consumo exige investimentos contínuos em infraestrutura, modernização da rede elétrica e diversificação das fontes de geração, com foco em sustentabilidade.

Ao mesmo tempo, os bons resultados nos indicadores de armazenamento e geração hidrelétrica mostram que o setor elétrico está preparado para responder a essas demandas com segurança e eficiência.

Com o Norte liderando o crescimento e todas as regiões acompanhando essa tendência, o Brasil dá os primeiros passos de 2025 com perspectivas positivas para a energia elétrica. A manutenção dessa trajetória dependerá de uma gestão equilibrada entre oferta e demanda, além do fortalecimento de políticas que incentivem o uso de fontes renováveis.

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