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Cade aprova aquisição de usinas pela Electra, consolidando expansão no setor de energia renovável

Cade aprova aquisição de usinas pela Electra, consolidando expansão no setor de energia renovável

A compra de 11 pequenas centrais hidrelétricas, uma usina eólica e uma termelétrica pela Intrepid, subsidiária do Grupo Electra, por R$ 450,5 milhões, fortalece a atuação do grupo em fontes renováveis e amplia sua capacidade hidrelétrica

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu luz verde, sem restrições, à aquisição de um conjunto de usinas de geração de energia elétrica da Companhia Paranaense de Energia (Copel) pelo Grupo Electra. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 30 de dezembro, marcando um importante avanço para o grupo no setor de energia renovável.

A transação, avaliada em R$ 450,5 milhões, foi realizada por meio da Intrepid Investimentos e Participações S.A., holding do Grupo Electra, que utilizou sua subsidiária integral Electra Hydra como veículo de aquisição. O pacote inclui 11 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), uma usina eólica e uma termelétrica, que juntas somam 118 MW de capacidade instalada.

Estrutura financeira robusta e inovadora

Cerca de 70% dos recursos necessários para a operação foram aportados pela JiveMauá, através da emissão de debêntures adquiridas por fundos de infraestrutura e crédito. A estrutura de capital da transação também contou com o suporte estratégico da Siga Gestora de Recursos, parceira do Grupo Electra.

Do ponto de vista financeiro, a operação destaca-se pela utilização de recebíveis de longo prazo, provenientes de contratos de compra de energia (PPAs) com validade superior a 10 anos. Segundo Claudio Alves, presidente do Grupo Electra, essa abordagem garante “geração de caixa constante e estável, fundamental para operações de infraestrutura no mercado de capitais”.

Vantagens operacionais e estratégicas

Os projetos hidrelétricos adquiridos apresentam um diferencial estratégico importante: não são despachados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Isso permite que a água seja armazenada e a energia gerada nos momentos de maior valorização de mercado, oferecendo um hedge financeiro para os ativos solares do grupo.

Além disso, essa característica isenta os ativos das variações dos submercados e de curtailment (restrições de geração), desafios que vêm afetando outras fontes de energia renovável, como a solar e a eólica.

Expansão na capacidade de geração renovável

Com a aquisição, a capacidade hidrelétrica do Grupo Electra aumenta para 186,4 MW, distribuída em 24 usinas, localizadas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso. Esses ativos agora estão sob a gestão da recém-criada Electra Hydra, subsidiária dedicada à geração hídrica do grupo.

A Electra Hydra se soma à Electra Illian Energias Renováveis, responsável por projetos de geração solar e eólica centralizada. Atualmente, a Electra Illian gerencia um portfólio de aproximadamente 700 MW de capacidade em desenvolvimento e operação.

O presidente Claudio Alves reforçou a importância estratégica da aquisição para o Grupo Electra. “Estamos consolidando nossa presença no mercado de energia renovável, com ativos que nos permitem uma operação mais flexível e integrada. A sinergia entre geração hídrica e solar nos dá maior resiliência e competitividade.”

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