Com EBITDA de R$ 7,7 bilhões no acumulado do ano e avanços em geração renovável e transmissão, empresa reforça eficiência e controle de custos
A Neoenergia divulgou seus resultados financeiros e operacionais referentes ao terceiro trimestre e ao acumulado do ano de 2024, revelando um crescimento sólido em várias frentes. A empresa, uma das líderes no setor elétrico brasileiro, injetou 20.799 GWh de energia no sistema durante o terceiro trimestre, um aumento de 4,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, a energia injetada alcançou 64.361 GWh, representando uma alta de 7%. Esses resultados foram impulsionados por temperaturas elevadas e pelo aumento da base de clientes.
O CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, destacou o controle eficaz dos custos operacionais da companhia. “Mantivemos a disciplina de custos e o controle das despesas operacionais, acompanhando a inflação do período. Isso reforça nosso compromisso com a eficiência na gestão, resiliência dos negócios e criação de valor para os nossos acionistas”, afirmou.
Capex: Investimentos Reforçam Distribuição de Energia
A Neoenergia investiu R$ 6,7 bilhões no acumulado de 2024, um aumento de 4% em relação ao mesmo período de 2023. Desse total, R$ 3,7 bilhões foram destinados ao segmento de distribuição, visando melhorar a qualidade e eficiência do fornecimento de energia para seus 16,6 milhões de clientes espalhados por cinco concessões: Neoenergia Brasília (DF), Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Cosern (RN), Neoenergia Elektro (SP/MS) e Neoenergia Pernambuco (PE).
Durante o terceiro trimestre, o Capex da empresa foi de R$ 2,6 bilhões, um crescimento expressivo de 17%. Esses investimentos são parte da estratégia da Neoenergia para modernizar e expandir sua infraestrutura, garantindo que o fornecimento de energia acompanhe o crescimento da base de clientes e o aumento da demanda.
EBITDA e Resultados Operacionais
O EBITDA Caixa da Neoenergia, indicador que reflete o desempenho operacional da empresa, foi de R$ 7,7 bilhões no acumulado do ano, um crescimento de 2% em relação ao mesmo período de 2023. No terceiro trimestre, o EBITDA Caixa foi de R$ 2,5 bilhões, uma queda de 5% devido aos efeitos dos reajustes tarifários negativos nas distribuidoras e o encerramento do contrato de Termopernambuco no segundo trimestre. No entanto, a partir de outubro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a antecipação da operação comercial da UTE, o que trará novos aportes de receita no quarto trimestre.
A empresa também registrou lucro líquido de R$ 841 milhões no terceiro trimestre e R$ 2,8 bilhões no acumulado de 2024. O lucro ajustado, que considera os efeitos não recorrentes, caiu 7% no trimestre, mas apresentou um aumento de 2% no ano até o momento.
Avanços em Geração Renovável e Expansão na Transmissão
Outro destaque foi o desempenho da Neoenergia no segmento de geração renovável. No terceiro trimestre, a energia gerada por fontes eólicas e solares alcançou 1.923 GWh, um aumento de 21,6% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento foi impulsionado pelas condições favoráveis das fontes renováveis e pelo aumento da potência instalada no complexo eólico Neoenergia Oitis (PI). No acumulado do ano, a geração de energia renovável foi de 4.159 GWh, um crescimento de 10,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No segmento de transmissão, a empresa concluiu a entrega do lote Estreito (lote 4 – leilão de dezembro de 2021), com a liberação de 100% da Receita Anual Permitida (RAP). Além disso, houve a liberação parcial de mais de 13% da RAP do lote Vale do Itajaí, representando um incremento de 22% na receita total desse lote. O negócio de transmissão gerou lucro de R$ 136 milhões no terceiro trimestre, consolidando sua importância no portfólio da Neoenergia.
Expansão da Base de Clientes e Qualidade no Fornecimento
As distribuidoras da Neoenergia fecharam o terceiro trimestre de 2024 com uma base de 16,6 milhões de clientes, um aumento de 302 mil consumidores em relação ao ano anterior, o que representa um crescimento de 2%. Esse aumento reflete tanto a expansão de redes quanto a conquista de novos contratos e clientes.
No quesito qualidade do fornecimento, as distribuidoras da Neoenergia se mantiveram abaixo dos limites regulatórios tanto para o DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor) quanto para o FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Consumidor). Esse desempenho positivo foi reconhecido no Prêmio Abradee 2024, que elegeu a Neoenergia Cosern como a melhor distribuidora do Nordeste.
Controle de Perdas e Eficiência Operacional
As distribuidoras da Neoenergia também se destacaram no controle de perdas totais de energia. Em particular, a Neoenergia Coelba (BA) registrou perdas de 15,72%, se aproximando do limite regulatório de 15,45%. Esse controle é resultado de esforços contínuos para aumentar a eficiência operacional, combater o furto de energia e melhorar a qualidade do fornecimento aos clientes.
Com crescimento consistente em energia injetada, investimentos robustos em distribuição e transmissão, e avanços na geração de energia renovável, a Neoenergia segue sólida em sua estratégia de longo prazo. O controle eficiente de despesas operacionais, aliado ao foco em inovação e sustentabilidade, posiciona a empresa para enfrentar os desafios e oportunidades do setor energético brasileiro nos próximos anos.