Com Investimentos Bilionários, Novo Complexo Irá Aumentar a Oferta de Gás Natural e Criar Milhares de Empregos, Além de Promover Projetos Culturais
A Petrobras, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inaugurou o Complexo de Energias Boaventura em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Este empreendimento representa um avanço significativo no setor energético brasileiro, oferecendo uma nova capacidade de processamento e transporte de gás natural, além de gerar um impacto econômico e social considerável na região.
Um Marco no Setor de Gás Natural
O Complexo de Energias Boaventura é composto pela maior Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do país e pelo gasoduto Rota 3, que será responsável pelo transporte do gás proveniente do pré-sal da Bacia de Santos. Com uma capacidade de escoamento de até 18 milhões de m³/dia e processamento de até 21 milhões de m³/dia, o complexo visa atender à crescente demanda por gás natural no mercado brasileiro.
Magda Chambriard, presidente da Petrobras, destacou a importância do projeto para a transição energética do Brasil. “O Complexo de Energias Boaventura é um passo significativo para ampliar a oferta de gás ao mercado nacional e reduzir nossa dependência de GLP e diesel. O nome ‘complexo de energias’ reflete o esforço contínuo da Petrobras em diversificar sua matriz energética com sustentabilidade e inovação”, afirmou.
Visão Futurista de Lula e Planos de Expansão
Durante a cerimônia de inauguração, o presidente Lula expressou sua visão ambiciosa para a Petrobras. “Queremos transformar a Petrobras na maior empresa de energia da América Latina. Quando o petróleo acabar, a Petrobras será a líder em biocombustíveis, etanol e hidrogênio verde. A Petrobras é uma indústria de energia e continuará a inovar e produzir o que for necessário”, disse Lula.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também elogiou o projeto, ressaltando a importância do gasoduto Rota 3 para setores estratégicos como fertilizantes e petroquímicos. “O gasoduto Rota 3, com seus 355 quilômetros de extensão e capacidade para escoar até 18 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, é um sinal de que o Brasil está no caminho certo”, afirmou.
Projetos Adicionais e Impacto Econômico
Além do gasoduto e da UPGN, o Complexo de Energias Boaventura inclui a construção de duas termelétricas a gás e unidades de refino para produção de combustíveis e lubrificantes. A Petrobras também está planejando uma planta dedicada à produção de biocombustíveis e um projeto piloto para captura de carbono, integrado ao hub de CCUS no Rio de Janeiro.
Os investimentos no Complexo de Energias Boaventura totalizam R$ 13 bilhões, com outros R$ 7 bilhões destinados à melhoria da Refinaria Duque de Caxias (Reduc). Após a conclusão das obras, o complexo terá a capacidade de produzir 12 mil barris por dia (bpd) de óleos lubrificantes de Grupo II, 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de querosene de aviação (QAV-1). Essa nova capacidade operacional deverá promover sinergias com a Refinaria Duque de Caxias, reforçando a infraestrutura de refino no estado.
Geração de Empregos e Programa Social
O Complexo também terá um impacto significativo no mercado de trabalho. Durante a fase de expansão, são esperados cerca de 10 mil postos de trabalho temporários e aproximadamente 3 mil empregos permanentes para a operação e suporte do complexo. Além disso, a Petrobras lançará o Programa Autonomia e Renda Petrobras, que qualificarará cerca de 20 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social, com um investimento de R$ 350 milhões ao longo de quatro anos.
Iniciativas Culturais e Preservação Histórica
Um aspecto notável do projeto é a parceria com órgãos culturais e institucionais para a preservação e valorização do patrimônio histórico. Foi assinado um protocolo de intenções para avaliar a criação de um espaço cultural e turístico nas ruínas do Convento São Boaventura, um patrimônio histórico nacional e estadual. A Petrobras está comprometida com a manutenção e conservação do convento, garantindo que as novas gerações possam apreciar esse patrimônio.