Competição reúne universitários de cinco países latino-americanos no Rio de Janeiro para desenvolver veículos ultraeficientes e impulsionar o futuro da mobilidade sustentável
De 28 a 30 de agosto, o Rio de Janeiro será palco da Shell Eco-marathon Brasil 2024, uma das maiores competições acadêmicas de eficiência energética do mundo. Realizado no Píer Mauá, o evento reunirá 41 equipes formadas por cerca de 500 estudantes de universidades do Brasil, Bolívia, Peru, México e Colômbia. A competição desafia esses jovens talentos a projetar, construir e pilotar protótipos de veículos que utilizam o mínimo de energia possível, reforçando a importância da inovação e da sustentabilidade na mobilidade do futuro.
Inovação e Educação Científica como Pilares
A Shell Eco-marathon não é apenas uma competição de veículos, mas um evento que coloca a educação científica e a pesquisa no centro da busca por soluções energéticas mais eficientes. “A Shell Eco-marathon Brasil chega à sua 7ª edição reforçando a importância da inovação, da educação científica e da pesquisa na busca por soluções que possam ajudar a responder ao desafio do futuro da energia”, afirma Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil. Para ele, a pluralidade de ideias e a determinação dos estudantes mostram que a próxima geração de engenheiros está no caminho certo para enfrentar os desafios energéticos globais.
Categorias de Competição: Um Laboratório de Inovação
Os protótipos desenvolvidos pelos estudantes competirão em três categorias principais: Combustão Interna (gasolina e etanol), Bateria Elétrica e Hidrogênio, esta última introduzida na edição de 2023. A categoria de Hidrogênio, que simboliza a inovação no uso de energias alternativas, contará com dois veículos competindo: um protótipo da Bolívia e outro, de conceito urbano, da equipe de Foz do Iguaçu. Esses veículos urbanos se assemelham aos modelos comerciais, mas são projetados para alcançar alta eficiência energética.
Nesta edição, há um aumento significativo na participação de veículos de Conceito Urbano, com seis equipes inscritas, três delas utilizando baterias elétricas, uma com hidrogênio e duas com motores de combustão interna. Esse crescimento reflete o interesse crescente dos estudantes em explorar novas tendências de mobilidade sustentável.
Bateria Elétrica em Alta: Quase 30 Protótipos na Competição
A sustentabilidade é uma tendência clara nesta edição da Shell Eco-marathon Brasil. Dos 41 protótipos inscritos, 29 competem na categoria Bateria Elétrica, quase triplicando o número de veículos que utilizam combustíveis fósseis. Esse aumento demonstra o compromisso das novas gerações com soluções mais limpas e eficientes em termos energéticos.
Os veículos serão avaliados por sua capacidade de percorrer o maior número de quilômetros com a menor quantidade de energia. No ano passado, a equipe Drop Team, da Universidade Federal do Maranhão, impressionou ao estabelecer um recorde de 716 km por litro de gasolina na categoria de Combustão Interna, distância equivalente a uma viagem de São Paulo a Florianópolis (SC). Na categoria de Bateria Elétrica, o destaque foi a equipe ARAMAC Milhagem, da Universidade Federal de Minas Gerais, que completou o circuito com uma eficiência de 367 km/kWh, suficiente para cobrir a distância entre São Paulo e Ribeirão Preto.
Participação Nacional e Internacional
Nesta edição, o estado de Minas Gerais lidera com 10 equipes inscritas, seguido pelo Paraná com nove, São Paulo com cinco, e Rio de Janeiro com duas equipes. Santa Catarina e Rio Grande do Sul enviam três equipes cada. No cenário internacional, oito equipes representam a América Latina: três do México, duas da Colômbia, duas do Peru e uma da Bolívia.
Um Evento Global
A Shell Eco-marathon é um evento de alcance global, realizado em diversas partes do mundo. Além do Brasil, a competição já passou pelos Estados Unidos, Holanda, França e ainda acontecerá em países como China, Indonésia e Índia. Cada edição reforça a missão da Shell em estimular a inovação e a educação em eficiência energética, ao mesmo tempo em que incentiva a colaboração entre estudantes, pesquisadores e profissionais do setor.