Estudo da Shell revela caminhos possíveis para o Brasil na reunião do G20 e COP30, destacando liderança na transição energética e potencial econômico
A Shell lançou hoje seu estudo inovador “Cenários sobre os desafios de longo prazo para o futuro da energia”, focado no Brasil, marcando um marco histórico de mais de 50 anos de publicações. O estudo, baseado nos Cenários de Segurança Energética da Shell, apresenta dois cenários para o Brasil: o Sky 2050, que visa uma transição acelerada para uma economia de baixo carbono globalmente integrada, e o Arquipélagos, que considera um ambiente mais nacionalista com barreiras comerciais.
Os cenários destacam que o Brasil tem potencial para alcançar emissões líquidas zero de CO2 antes de outras grandes economias globais, posicionando-se como líder na transição para uma economia de baixo carbono e como um importante fornecedor global de energia segura e diversificada. Cristiano Pinto da Costa, presidente da Shell Brasil, enfatizou a importância dos cenários para orientar políticas públicas e estratégias empresariais, especialmente à luz da próxima reunião do G20 e da COP30 em 2025.
David Hone, Conselheiro-chefe para as Mudanças Climáticas da Shell, destacou que o Brasil apresenta vastas oportunidades em petróleo, gás, biocombustíveis e captura de carbono, sublinhando a necessidade de um quadro político robusto para gerenciar as emissões de carbono e promover o comércio internacional de carbono.
Um dos cenários delineia as ações necessárias para o Brasil atingir emissões líquidas zero de CO2 em 15 anos, enfatizando a importância de um mercado de carbono eficaz e de parcerias público-privadas para combater as mudanças climáticas. O estudo também destaca o papel crucial da matriz energética limpa do Brasil, que pode expandir seu potencial em hidrocarbonetos e renováveis para impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável.
Prevê-se que a demanda por eletricidade no Brasil dobre até 2040 e triplique até 2050, com uma ênfase significativa em energias renováveis como solar e eólica, que poderiam alcançar 300 GW de capacidade instalada até 2050. Além disso, o setor de bioenergia do Brasil poderia quadruplicar suas exportações de biocombustíveis, impulsionando ainda mais a economia verde.
Para garantir uma transição energética justa e segura, o estudo enfatiza a importância de leilões anuais para exploração de petróleo e gás, bem como um mercado de gás natural flexível, enquanto promove incentivos para o crescimento das energias renováveis.
O estudo completo dos Cenários da Shell para o Brasil está disponível para leitura e download, oferecendo um roteiro estratégico vital para governos, acadêmicos e empresas na busca por um futuro energético sustentável.