Instituto E+ Transição Energética propõe medidas cruciais para a gestão eficaz dos episódios recorrentes, alertando para os custos socioeconômicos e ambientais crescentes
Diante do cenário de mudanças climáticas e da crescente incidência de crises energéticas, o Instituto E+ Transição Energética apresenta uma análise contundente sobre a gestão dos episódios que têm afetado o setor elétrico brasileiro. O estudo “As crises de energia no Brasil: reflexões para um gerenciamento efetivo”, elaborado por renomados consultores e especialistas, destaca não apenas os custos financeiros diretos dessas crises, mas também os impactos socioeconômicos e ambientais que reverberam em toda a sociedade.
Segundo o levantamento, as três últimas crises energéticas ocorridas no país, em 2001, 2013 e 2021, acumularam um custo financeiro direto de US$ 55,1 bilhões, principalmente devido à necessidade de acionamento de usinas térmicas flexíveis e emergenciais. Além disso, o aumento das emissões de gases de efeito estufa durante esses períodos representa uma preocupação adicional, comprometendo os esforços do Brasil na mitigação das mudanças climáticas.
Uma das principais recomendações do Instituto E+ Transição Energética é a adoção de uma governança robusta, que englobe desde a detecção precoce até a gestão pós-crise, com transparência e centralização das decisões. Os pesquisadores destacam a importância de medidas preventivas, como campanhas de racionalização de consumo, e de ações mais assertivas, como a definição de cotas mandatórias de consumo.
Para os autores do estudo, é fundamental que a sociedade e os gestores estejam cientes da possibilidade de crises energéticas e estejam preparados para enfrentá-las com medidas estruturadas e regulamentadas. Além disso, enfatizam a necessidade de uma comunicação transparente em todas as fases do processo e a importância da liderança dedicada de um gestor experiente.
Em suma, a análise do Instituto E+ Transição Energética não apenas identifica os desafios enfrentados pelo setor elétrico brasileiro, mas também aponta caminhos para uma gestão mais eficaz e sustentável dos episódios de crise, visando mitigar os impactos sociais, econômicos e ambientais e garantir um suprimento energético seguro e estável para o país.
