ONS revela aumento na demanda instantânea e média de energia, impulsionado por altas temperaturas em todo o país
Em meio a uma intensa onda de calor que assola o território brasileiro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) anunciou um novo marco histórico na demanda de energia do país. No dia 15 de março, às 14h37, o Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu uma demanda instantânea de carga recorde, alcançando a marca impressionante de 102.478 megawatts (MW). Este novo recorde foi acompanhado por um notável aumento na demanda média de energia, registrando 91.338 MWmed, um número que reflete a crescente necessidade de suprimento elétrico em meio ao calor escaldante.
Os dados divulgados pelo ONS revelam que cerca de 92,5% da demanda foram supridos por fontes de energia sustentável, refletindo os esforços contínuos do país em direção a uma matriz energética mais limpa e renovável. No entanto, a crescente demanda de energia também evidencia os desafios enfrentados pelo setor elétrico diante de condições climáticas extremas.
A onda de calor que varreu o Brasil nas últimas semanas tem sido apontada como o principal impulsionador por trás desse aumento na demanda. As altas temperaturas, que persistiram até os últimos dias do verão, exerceram pressão significativa sobre o sistema elétrico, levando a picos de consumo em várias regiões do país.
Este não é um fenômeno isolado. Desde novembro de 2023, o SIN tem registrado sucessivos recordes na demanda instantânea de carga, todos atribuídos em grande parte às ondas de calor que têm caracterizado o clima nacional. Anteriormente, o recorde de demanda instantânea era de 101.860 MW, observado em 7 de fevereiro de 2024.
Olhando para o panorama geral, a sequência de recordes ressalta a importância de medidas eficazes para garantir a segurança e a estabilidade do fornecimento de energia elétrica em momentos de extrema demanda. À medida que o país enfrenta os desafios impostos pelas mudanças climáticas, a busca por soluções sustentáveis e aprimoramentos na infraestrutura energética tornam-se cada vez mais prementes.