Dados apresentados indicam que a ENA está abaixo da média histórica, mas medidas estão sendo tomadas para garantir o fornecimento de energia.
Durante a reunião ordinária de fevereiro do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), realizada em 7 de fevereiro de 2024, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou os resultados da operação eletroenergética referentes a janeiro de 2024 e as previsões consolidadas até julho de 2024. Embora haja uma sinalização de afluência abaixo da média histórica, as perspectivas gerais são de atendimento à demanda de energia, mesmo com os desafios que esse cenário pode trazer.
As projeções para a Energia Natural Afluente (ENA) indicam valores entre 51% e 78% da Média de Longo Termo (MLT) para o período de fevereiro a julho de 2024, o que representa uma ENA abaixo da média histórica. Mesmo no cenário mais otimista, esse índice seria o quinto menor dos últimos 94 anos. Já o cenário menos favorável apresentaria a menor ENA em toda a série histórica do Sistema Interligado Nacional (SIN).
No que diz respeito à Energia Armazenada (EAR) na região Sudeste/Centro-Oeste, que concentra 70% dos reservatórios de interesse para o SIN, as projeções variam entre 36,3% e 73,1% para 31 de julho. Mesmo no cenário mais otimista, os reservatórios estariam abaixo do verificado em julho de 2023, enquanto no cenário menos favorável estariam significativamente abaixo do aferido no mesmo período do ano anterior.
Diante desse panorama, o ONS recomendou ao CMSE o monitoramento da taxa de replecionamento dos reservatórios da bacia hidrográfica do Paraná e a definição sobre uma possível flexibilização das defluências mínimas nas Usinas Hidrelétricas (UHEs) P. Primavera e Jupiá a partir de março de 2024. Essas medidas têm como objetivo garantir melhores condições de atendimento futuro do SIN e a preservação dos usos múltiplos da água.